Cozinha Molecular

O grande hit do momento é a tal da cozinha molecular. Esse tipo de gastronomia tem como principal função mexer com as percepções e emoções das pessoas. Através de aromas, sabores e texturas. Fazendo com que a pessoa acabe recordando algo. Assim que coma, se lembre de algum momento ou sentimento que passou em sua vida. Esse tipo de cozinha mexe com bico de bunsen, ao invés de fogão, bisturi no lugar da faca, ou com erlenmeyer no lugar de uma panela, talvez. Porém isso é só no mise en place e nas pesquisas de preparo do prato. Na hora de juntar tudo e finalizar o prato, normalmente usa-se os utensílios do dia-a-dia de uma cozinha. Outro fato que diferencia a cozinha molecular da tradicional é a sua infra-estrutura. Pois, terá que ter uma espécie de laboratório como o apêndice do local. E a estruturação desses dois passaria a ser muito caro. Pois envolve mais tecnologia. E quanto mais moderno o local, mais caro será. Então, o chef além de bom cozinheiro, criativo, químico, físico, engenheiro gastronômico, ainda tem que ser rico. Ou então ter um bom patrocinador. Senão, nunca implantará em sua cozinha isso, pelo menos com qualidade. Bons exemplos de pratos da cozinha molecular ou gastronomia molecular é o sorvete de feijoada, sopa em formato de barra de sabão, ou até mesmo um cardápio comestível. Assim que o cliente pede o prato, para “enganar” a fome ele vai comendo o cardápio. Muito interessante esse. Infelizmente esse tipo de cozinha não está acessível à todas as pessoas que queiram experimentar. Sim, digo experimentar, pois esse tipo de cozinha, a meu ver, só é modinha. E logo essa modinha passará. E com certeza que não entrará no cotidiano do povo. Até porque, se entrar, os pratos vão começar a se repetir. E acabará fugindo da idéia que ela quer passar, de mexer com sensações e lembranças. Tornando-se logo enjoativo.